Visitação : de terça a domingo, das 8h às 17h.

O Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB) protege uma exuberante floresta localizada na zona oeste do município do Rio. Está distribuído em partes de 17 bairros, entre eles: Jacarepaguá, Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio dos Bandeirantes, Barra de Guaratiba, Bangu e Realengo.

Com 12.393,84 hectares, trata-se de uma das maiores florestas urbanas do mundo.

O Pico da Pedra Branca é o ponto culminante, a 1.024 metros de altitude, e também o mais alto da cidade.

No parque é possível encontrar diversas espécies endêmicas de flora e fauna, algumas ameaçadas de extinção.

A sede administrativa, juntamente com o centro de visitantes, fica no Núcleo Pau da Fome, na Taquara. Existem mais outros dois núcleos para receber os visitantes, na Estrada do Camorim e no bairro de Realengo, além de dois postos avançados, nos bairros de Vargem Grande e de Campo Grande.

  

SedeEstrada do Pau da Fome, nº 4.003 - Taquara - Rio

  (21) 3347-1786

 Núcleo Pau da Fome : Estrada do Pau da Fome, 4003 - Taquara - Rio de Janeito – RJ.

  Telefone : (21) 3347-1786/ (21) 2333-6608 .

 Núcleo Camorim : Estrada do Camorim, 2118 – Camorim - Rio de Janeiro – RJ.

  Telefone : (21) 2333-4500.

 Núcleo Piraquara : Rua do Governo, 1582 – Realengo - Rio de Janeiro - RJ.

  Telefone : (24) 2333-5251.

 Posto Avançado Vargem Grande : Fim da Estrada do Mucuíba - Vargem Grande - Rio de Janeiro – RJ.

 Posto Avançado Rio da Prata : Estrada da Batalha, próximo ao n° 202 – Campo Grande - RJ.

 Atividades permitidas : 

Segundo o Decreto Estadual nº 42.483/2010, que estabelece as diretrizes para o uso público nos parques estaduais do RJ:

I - visitação para lazer e recreação;

II - esportes de aventura;

III - esportes radicais;

IV - turismo de aventura;

V - ecoturismo;

VI - educação ambiental;

VII - interpretação ambiental;

VIII - pesquisa científica;

IX - atividades artísticas de fotografia, filmagem e artes plásticas; e

X - outras atividades compatíveis com os propósitos e objetivos dos parques estaduais, a critério do Inea. 

 Atividades não permitidas : 

I - o trânsito e o estacionamento de veículos automotivos em locais não autorizados;

II - a prática de bicicross e de mountain bike fora das trilhas designadas pelo Inea para esse fim;

III - o trânsito de veículos movidos à tração animal, exceto quando a serviço da administração do Parque;

IV - o uso e a permanência de animais domésticos;

V - o depósito de lixo fora dos recipientes apropriados (lixeiras);

VI - a retirada total ou parcial de qualquer planta ou amostra mineral;

VII - a caça, a pesca, a captura de animais silvestres ou a montagem de artefatos de caça, bem como proporcionar maus-tratos ou alimentação inadequada à fauna local;

VIII - a introdução de espécies animais ou vegetais, domésticas ou silvestres, nativas ou exóticas, sem a devida autorização, independente da forma de introdução no interior do parque estadual;

IX - a prática de atividades comerciais não autorizadas;

X - a utilização de produtos químicos para banho ou lavagem de objetos em corpos hídricos naturais ou artificiais existentes, assim como a captação da água para outros fins sem a devida autorização;

XI - a realização de eventos sem a devida autorização (festas, encontros religiosos e shows, dentre outros);

XII - a utilização de aparelhos sonoros, salvo com autorização expressa da administração do parque;

XIII - o ateamento de fogo na vegetação, bem como a realização de fogueiras ou qualquer outra conduta que possa causar incêndio florestal ou em outras formas de vegetação nativa;

XIV - o acampamento fora das áreas designadas para esse fim;

XV - a realização de caminhadas fora das trilhas existentes, bem como a abertura e interligação de atalhos que possam acelerar o processo erosivo das trilhas;

XVI - a realização de pesquisa científica sem a devida autorização;

XVII - o uso de imagem (fotografia, gravação, filmagem) dos parques estaduais para fins comerciais sem a devida autorização. Saiba mais.

§ 1º - Manifestações religiosas só poderão ocorrer em locais previamente designados para tal e todo o material empregado deverá ser recolhido imediatamente após o culto pelos praticantes.

§ 2º - O uso ou a permanência de animais domésticos no interior dos parques estaduais poderá ser autorizado, excepcionalmente, pelo chefe da unidade de conservação em circunstâncias que o justifiquem.

Conduta consciente em unidades de conservação

Informe-se sobre regulamentos, restrições e condições climáticas. Planejamento é muito importante. Você é responsável pela sua segurança. Use somente as trilhas. Atalhos destroem plantas e raízes, além de causar erosão. Leve seu lixo de volta. Proteja a floresta de incêndios, não jogue pontas de cigarro nem acenda fogueiras. Respeite a fauna e a flora. Não alimente os animais nem retire plantas. Seja discreto, não faça ruídos desnecessários, nem deixe marcas em árvores ou rochas. Seja cortês com os outros visitantes e com a população local. Deixe os animais de estimação em casa.

Você é bem-vindo!


A ocupação do Maciço da Pedra Branca teve início no final do século XVI, quando, segundo os registros históricos, as terras existentes entre Tijuca, Jacarepaguá e Guaratiba, incluindo o que hoje conhecemos como Vargem Grande, Vargem Pequena e Recreio dos Bandeirantes, foram doadas pelo militar e político português Salvador Correia de Sá, que governou a capitania do Rio de Janeiro, a seus filhos, Gonçalo e Martim Correia de Sá.

No início do século XVII, os franceses tentaram, através da região, dominar o Rio de Janeiro: aportaram em Guaratiba, atravessaram o maciço, utilizando a Baixada de Jacarepaguá como passagem.

Parte das terras de Gonçalo de Sá foram doadas para os monges beneditinos, no final do século XVII. Os religiosos transformaram em engenhos as propriedades de Camorim, Vargem Grande e Vargem Pequena, com intensa atividade agropecuária. Até hoje existem ruínas da Fazenda Vargem Grande, na antiga Estrada de Guaratiba, hoje Estrada dos Bandeirantes, no Sítio Petra.

No fim do século XIX, os beneditinos venderam seus latifúndios para o Banco de Crédito Móvel, controlado por grileiros. A pavimentação da Estrada da Grota Funda, cruzando o maciço, acabou por facilitar o acesso à região. A abertura de novos caminhos e trilhas passou a se intensificar, com o objetivo de proporcionar o escoamento da produção.

Ainda no século XIX, iniciou-se o processo de resistência às ações de desmatamento das florestas, provocadas pela cultura do café, com a introdução de reflorestamento das áreas então degradadas.

As antigas fazendas de café foram divididas em lotes rurais e um novo cultivo passou a contribuir para o aumento da população local: a banana, atualmente cultura predominante no maciço. Grande parte dos agricultores abriram trilhas de acesso às serras e morros para facilitar o escoamento da produção até as estradas do Morgado, Pacuí, Cabungui, Mucuíba e Sacarrão. Mesmo tendo parte de suas florestas recuperadas, estas passaram a coexistir com aquele cultivo, com sitiantes utilizando mulas para o transporte desse produto agrícola, o que ocorre ainda hoje em diversos pontos do maciço.  

Em meados do século XX, o processo de intensa industrialização vivenciado pela cidade e de grande crescimento populacional provocaram a aceleração da ocupação das encostas. A floresta, parcialmente restaurada, passou a viver uma nova fase de degradação. Esse novo ciclo foi inicialmente combatido por meio de uma ação de governo, que, preocupado com o destino dos recursos naturais, criou um parque, em 1974, compreendendo todo o maciço acima da cota altimétrica de 100 metros.

O nome Parque Estadual da Pedra Branca é dado em referência ao ponto mais alto do município, o Pico da Pedra Branca, localizado nos limites desta unidade de conservação. As trilhas passam, então, a ter a mais importante função de toda a sua história: a de veículo de conservação, preservação ambiental e turismo ecológico.

(Fonte - Trilhas: Parque Estadual da Pedra Branca. Rio de Janeiro: Inea, 2013)


O parque abriga mais de 900 espécies de plantas já catalogadas, das quais 267 são endêmicas do bioma, 5 são endêmicas do Estado do Rio de Janeiro e 12 encontram-se ameaçadas de extinção, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2008). A cobertura vegetal apresenta-se como um mosaico, formado por manchas de vegetação em diferentes estágios sucessionais, que correspondem às fases do desenvolvimento da floresta.

As florestas em estágio avançado de regeneração concentram-se na região do Camorim, onde são encontradas espécies raras como o pau-brasil (Caesalpinia echinata), a copaíba (Copaifera lucens), o jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra) e a figueira-vermelha (Ficus clusiifolia). Nesta região, a flora de epífitas é especialmente rica, com a presença de uma espécie de bromélia que só ocorre no PEPB, a Neoregelia camorimiana. 

Florestas em estágio médio de regeneração estão distribuídas por toda a unidade, representadas por espécies como o pau-óleo (Alchornea triplinervia), a canela-branca (Nectandra membranacea), o pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha) e a licurana (Hyeronima alchorneoides).

(Fonte - Trilhas: Parque Estadual da Pedra Branca. Rio de Janeiro: Inea, 2013)


O parque abriga uma fauna diversificada, tendo sido já registradas 479 espécies, sendo 43 de peixes, 20 de anfíbios, 27 de répteis, 338 de aves e 51 de mamíferos sem considerar os insetos e outros animais de pequeno porte. Apesar de vários estudos já realizados, ainda há muito a ser descoberto.

O número total de aves registradas para o estado do Rio de Janeiro é de 653 espécies, das quais 338 podem ser encontradas no PEPB. Destas, 20 apresentam algum grau de ameaça, como é o caso do uru, do gavião-pombo-pequeno, do apuim-de-costas-pretas e do urubuzinho.

Quanto aos mamíferos, são encontrados a preguiça-comum, o cachorro-do-mato, o quati, a cutia, o caxinguelê e a paca, que está ameaçada de extinção. O PEPB abriga uma grande riqueza de morcegos, com algumas espécies ameaçadas de extinção.

Algumas espécies de anfíbios presentes no parque são endêmicas das montanhas do Rio de Janeiro. Quando aos répteis, as espécies existentes são bastante comuns, como a jiboia, jararaca e cobra-cipó. Quanto aos peixes, a maior diversidade está localizada nos rios Paineiras, Sacarrão, Camorim e Prata.

(Fonte: Trilhas: Parque Estadual da Pedra Branca. Rio de Janeiro: Inea, 2013)

Conheça as Aves do Parque Estadual da Pedra Branca


O clima no Rio de Janeiro é do tipo tropical úmido, megatérmico, com precipitação pluviométrica máxima de dezembro a março e mínima de junho a agosto. A pluviosidade varia de 1.500 a 2.500 mm, sendo o verão o período mais chuvoso. O inverno é bem mais seco, mas eventualmente ocorrem longos períodos de chuva fina e quase contínua.

O Maciço da Pedra Branca funciona como uma barreira física, influenciando os deslocamentos da carga hídrica e das massas de ar em toda a cidade. Seu relevo cria três grandes ambientes com dinâmicas bastante específicas, que podem condicionar a distribuição da fauna e da flora locais.

Sua vertente leste influencia diretamente a dinâmica atmosférica e o escoamento dos rios de toda a Baixada de Jacarepaguá, rebatendo a forte influência de massas de ar marinhas. A encosta oeste determina a dinâmica da Baixada de Sepetiba, cujos fluxos hídricos e atmosféricos recebem a influência dos aportes de energia gerados na Baía de Sepetiba e no barramento da Restinga da Marambaia. Já a vertente norte não recebe a influência direta do Oceano Atlântico, o que faz com que ela seja mais quente e seca.

(Fonte - Trilhas: Parque Estadual da Pedra Branca. Rio de Janeiro: Inea, 2013)


O tipo de relevo existente no Maciço da Pedra Branca é responsável pela rede hidrográfica encontrada no interior do parque. O volume e a qualidade da água produzida nas encostas estão diretamente relacionados com a qualidade da floresta, pois esta funciona como elemento regulador dos processos hidrológicos, ecológicos, climáticos e geomorfológicos.

O sistema de drenagem no interior do PEPB pode ser dividido em três sub-bacias: a sub-bacia de leste, que drena o aglomerado urbano da região oeste de Jacarepaguá e arredores, onde podemos encontrar o rio Grande, rio do Camorim, rio Sacarrão e rio Vargem Pequena; a sub-bacia de oeste, que drena para a Baía de Sepetiba a água oriunda de toda a região leste dessa baixada, onde estão localizados os rios da Prata, da Batalha, das Tachas e Cabuçu, entre outros, e a sub-bacia de norte, onde encontramos o rio Piraquara e Viegas, que drena a área urbanizada sul da Baixada Fluminense e deságua os fluxos na Baía de Guanabara.

(Fonte - Trilhas: Parque Estadual da Pedra Branca. Rio de Janeiro: Inea, 2013)


O maciço é uma reunião de montanhas dispostas em torno de um ponto culminante ou mais elevado, no caso do maciço da Pedra Branca, o Pico da Pedra Branca. É o maior maciço da cidade do Rio de Janeiro.

O parque é caracterizado por uma rica geodiversidade, um conjunto de rochas graníticas e gnáissicas de composições, idades e estruturas diversas.

As rochas graníticas são as mais comuns no Maciço da Pedra Branca e foram formadas a partir da cristalização do magma em grandes profundidades da crosta terrestre, durante a formação de montanhas do ciclo Brasiliano (entre 650 460 milhões de anos atrás).

As rochas gnáissicas apresentam idades que ultrapassam 790 milhões de anos e representam antigas rochas sedimentares e ígneas, intensamente deformadas durante a colisão continental. Todas as rochas do maciço são cortadas por diques de basaltos, que registram o início da abertura do oceano Atlântico, há aproximadamente 180 140 milhões de anos.

(Fonte - Trilhas: Parque Estadual da Pedra Branca. Rio de Janeiro: Inea, 2013)

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