Visitação :de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Criado em 2011, o Parque Estadual da Costa do Sol (PECS) abrange parte dos diversos municípios da chamada Região dos Lagos: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Saquarema e São Pedro da Aldeia. Sua área é composta por 43 fragmentos, totalizando 9.841 hectares.

A configuração única desta unidade de conservação foi assim distribuída com o objetivo de assegurar a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica e ecossistemas associados dessa região de baixadas litorâneas (restingas, mangues, lagoas, brejos, lagunas), possibilitando a recuperação das áreas já degradadas.

Manter populações de animais e plantas nativas, servindo como refúgio para espécies migratórias raras, vulneráveis, endêmicas e ameaçadas de extinção da fauna e flora nativas; oferecer oportunidades de visitação, recreação, interpretação, educação e pesquisa científica e ainda possibilitar o desenvolvimento do turismo - uma vocação natural dessa parte do Estado - com atividades econômicas sustentáveis no seu entorno estão entre as principais razões para a criação do parque.

  

Rodovia General Bruno Martins 2520, Foguete - Cabo Frio/RJ

  (22) 2647-3466

  parqueestadualdacostadosol@gmail.com

 Atividades permitidas : 

Segundo o Decreto Estadual nº 42.483/2010, que estabelece as diretrizes para o uso público nos parques estaduais do RJ:

I - visitação para lazer e recreação;

II - esportes de aventura;

III - esportes radicais;

IV - turismo de aventura;

V - ecoturismo;

VI - educação ambiental;

VII - interpretação ambiental;

VIII - pesquisa científica;

IX - atividades artísticas de fotografia, filmagem e artes plásticas; e

X - outras atividades compatíveis com os propósitos e objetivos dos parques estaduais, a critério do Inea. 

 Atividades não permitidas : 

I - o trânsito e o estacionamento de veículos automotivos em locais não autorizados;

II - a prática de bicicross e de mountain bike fora das trilhas designadas pelo Inea para esse fim;

III - o trânsito de veículos movidos à tração animal, exceto quando a serviço da administração do Parque;

IV - o uso e a permanência de animais domésticos;

V - o depósito de lixo fora dos recipientes apropriados (lixeiras);

VI - a retirada total ou parcial de qualquer planta ou amostra mineral;

VII - a caça, a pesca, a captura de animais silvestres ou a montagem de artefatos de caça, bem como proporcionar maus-tratos ou alimentação inadequada à fauna local;

VIII - a introdução de espécies animais ou vegetais, domésticas ou silvestres, nativas ou exóticas, sem a devida autorização, independente da forma de introdução no interior do parque estadual;

IX - a prática de atividades comerciais não autorizadas;

X - a utilização de produtos químicos para banho ou lavagem de objetos em corpos hídricos naturais ou artificiais existentes, assim como a captação da água para outros fins sem a devida autorização;

XI - a realização de eventos sem a devida autorização (festas, encontros religiosos e shows, dentre outros);

XII - a utilização de aparelhos sonoros, salvo com autorização expressa da administração do parque;

XIII - o ateamento de fogo na vegetação, bem como a realização de fogueiras ou qualquer outra conduta que possa causar incêndio florestal ou em outras formas de vegetação nativa;

XIV - o acampamento fora das áreas designadas para esse fim;

XV - a realização de caminhadas fora das trilhas existentes, bem como a abertura e interligação de atalhos que possam acelerar o processo erosivo das trilhas;

XVI - a realização de pesquisa científica sem a devida autorização;

XVII - o uso de imagem (fotografia, gravação, filmagem) dos parques estaduais para fins comerciais sem a devida autorização. Saiba mais.

§ 1º - Manifestações religiosas só poderão ocorrer em locais previamente designados para tal e todo o material empregado deverá ser recolhido imediatamente após o culto pelos praticantes.

§ 2º - O uso ou a permanência de animais domésticos no interior dos parques estaduais poderá ser autorizado, excepcionalmente, pelo chefe da unidade de conservação em circunstâncias que o justifiquem.

Conduta consciente em unidades de conservação

Informe-se sobre regulamentos, restrições e condições climáticas. Planejamento é muito importante. Você é responsável pela sua segurança. Use somente as trilhas. Atalhos destroem plantas e raízes, além de causar erosão. Leve seu lixo de volta. Proteja a floresta de incêndios, não jogue pontas de cigarro nem acenda fogueiras. Respeite a fauna e a flora. Não alimente os animais nem retire plantas. Seja discreto, não faça ruídos desnecessários, nem deixe marcas em árvores ou rochas. Seja cortês com os outros visitantes e com a população local. Deixe os animais de estimação em casa.

Você é bem-vindo!


Com belas paisagens e praias de mar azul, a Região dos Lagos sempre foi marcada por atividades extrativistas e por intensa especulação imobiliária. Seus recursos naturais sofreram intensa pressão ao longo do tempo. Nesse contexto, ambientalistas e pesquisadores locais iniciaram o movimento para proteger os remanescentes de Mata Atlântica.

Os registros históricos sobre a região são do início do século XVI. Nesse período, a feitoria instalada inicialmente onde hoje é o município de Arraial do Cabo ganhou destaque pela quantidade de pau-brasil disponível para extração, atraindo para a costa piratas franceses que, ao contrário dos portugueses, receberam apoio dos Tamoios e Goitacás, nativos dessa localidade.

Ao longo dos séculos, a história e a cultura locais se desenvolveram com influência das diversas modalidades de pesca praticadas nas praias e na Lagoa de Araruama, e também com a chegada de visitantes, atraídos pelas belezas naturais da região.

No final do século XVIII a vocação para extração de sal já era conhecida e atraía investimentos, ganhando força em meados dos anos 1800. Mais recentemente, já no século XX, a Companhia Nacional de Álcalis, de extração de barrilha e sal, se instalou em Arraial do Cabo, à época Cabo Frio, em 1943, tendo funcionado até 2006.

Hoje, o parque é um instrumento fundamental para buscar o chamado desenvolvimento econômico sustentável, com o objetivo de assegurar um espaço público para o lazer, a recreação, a pesquisa científica e a manutenção da biodiversidade para as gerações atuais e futuras.


Por abranger uma área da Mata Atlântica, com a presença do tipo arbóreo-baixo que recobre os maciços litorâneos, bem como os mangues e ambientes inundáveis, a visita ao parque permite um passeio pela vegetação típica de restinga, com ipomeias e alamandras amarelas, em floresta cheia de exemplares de pau-brasil.

Além desses ecossistemas, encontram-se áreas de mangue e costões rochosos, que abrigam o cacto de cabeça branca (Pilosocereus ulei), um dos símbolos da UC.

A criação da unidade previu a conservação de espécies como a Algernonia obovata, Calathea dorothyae, Neoregelia eltoniana, Serjania fluminensis, Vriesea sucrei e Mouriri arenicola, todas endêmicas da região.

No núcleo Sapiatiba, serra localizada no município de São Pedro da Aldeia, há exemplares de jequitibá centenários. 


O parque abrange grandes extensões úmidas, como o Brejo dos Espinhos, o Brejo Salgado, a Lagoa Vermelha e a Lagoa de Jacarepiá, essenciais para aves migratórias. Elas funcionam também como refúgios para alimentação, reprodução, pernoite ou descanso, garantindo a presença da variada avifauna.

Dentre as espécies presentes, além do formigueiro-do-litoral (Formicivora littoralis) - cuja presença é restrita a essa região, por isso está representado na logomarca da UC -, podem ser citados o mergulhão (Podilymbus podiceps), o frango-d’água (Gallinula chloropus), as saracuras (Porzana albicollis), os maçaricos (Actitis macularias, Tringa melanoleuca e Tringa flavipes) e os colhereiros (Platalea Ajaja), espécie ameaçada de extinção no Estado.

O fino espelho-d’água e a vasa lodosa dessas áreas são ricos em microrganismos, apresentando inúmeros microcrustáceos, larvas de insetos, girinos, alevinos e outros pequenos animais.

A presença da unidade de conservação contribui, ainda, para a preservação do mico-leão-dourado, preguiça-de-coleira, ouriço-caixeiro e tamanduá-mirim. 

Conheça as Aves do Parque Estadual da Costa do Sol


A região de Cabo Frio é a faixa do litoral fluminense onde menos chove anualmente (854 mm), com um padrão climático que apresenta decréscimo dos índices pluviométricos na direção leste, fazendo com que a área abrangida pelo parque seja caracterizada por dois tipos de clima: tropical úmido, que domina o estado, e um microclima semiárido. Essa diferença pode ser explicada por fatores como a longa distância entre o litoral e a Serra do Mar, bem como a emergência de águas frias em uma costa dominada por correntes quentes (fenômeno da ressurgência), resultando na diminuição das precipitações.


Os seis municípios em que o parque se estende ficam localizados na Região Hidrográfica VI do Estado, denominada Lagos São João. Tendo em vista as características climáticas, na unidade de conservação são encontrados canais, lagunas e brejos.

No núcleo Sapiatiba, que compreende a serra homônima, são encontrados alguns córregos e nascentes importantes para a hidrodinâmica da região. Nesse quesito, um dos destaques é a Lagoa Vermelha, em Saquarema, onde há os estromatólitos, rochas formadas por um tapete calcário produzido por microorganismos, um dos vestígios de vida mais antigos na Terra.


O parque está localizado na parte costeira da Região dos Lagos, cujo quadro geomorfológico é complexo e diferenciado. Predominam as planícies arenosas costeiras, depósitos aluviais, lagunas e morros baixos das penínsulas de Búzios e Cabo Frio.

A região é limitada a oeste e ao norte pelas elevações do maciço costeiro pré-cambriano. Ao sul do afloramento gnáissico de Búzios, aparecem os campos de dunas das praias do Peró e a Dama-Branca.

Assim, a unidade de conservação abrange uma grande riqueza de habitats, desde extensas restingas e altas dunas até grandes lagunas e depósitos aluviais, maciços costeiros das penínsulas de Armação de Búzios e Cabo Frio e a Serra de Sapiatiba e Sapiatiba-Mirim, ambas com perfil mais acidentado.

Já a extensa planície marinha do Núcleo de Massambaba, que separa a laguna de Araruama do mar, apresenta um sistema duplo de cordões arenosos, sobreposto por um campo de dunas, de orientação nordeste-sudoeste e não raramente ultrapassando 20 m de altura, onde está localizado o Morro do Caixão.

Na Lagoa Vermelha, em Saquarema existem os estromatólitos, rochas formadas por um tapete calcário produzido por microorganismos que são um dos vestígios de vida mais antigos na Terra.

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