Visitação : de terça a domingo, das 8h às 17h.

Localizado no Norte do Estado, o Parque Estadual do Desengano (PED) abrange parte dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes.

A Pedra do Desengano é seu principal atrativo e ponto culminante, com 1.761 metros de altitude. Além da grande relevância ecológica dessa unidade de conservação, uma rica cultura no seu entorno e a diversidade de seus atrativos naturais possibilitam a recreação e o turismo ecológico.

Dentro de seus limites, estão protegidas a fauna, a flora, os ecossistemas, garantindo a preservação dos recursos naturais. Trata-se do conjunto de serras mais bem conservadas da região, de uma densa vegetação e rica biodiversidade, possibilitando atividades tais como pesquisa científica e educação ambiental.

  (22) 2561-3072 / 2561-1378

 End. : Horto Florestal Santos Lima - Avenida José Dantas dos Santos, 35 – Itaporanga – Santa Maria Madalena – RJ .

  Tel. : (22) 2561-3072 / (22) 2561-1378.

  Email : ped.inea@gmail.com

 Atividades permitidas : 

Segundo o Decreto Estadual nº 42.483/2010, que estabelece as diretrizes para o uso público nos parques estaduais do RJ:

I - visitação para lazer e recreação;

II - esportes de aventura;

III - esportes radicais;

IV - turismo de aventura;

V - ecoturismo;

VI - educação ambiental;

VII - interpretação ambiental;

VIII - pesquisa científica;

IX - atividades artísticas de fotografia, filmagem e artes plásticas; e

X - outras atividades compatíveis com os propósitos e objetivos dos parques estaduais, a critério do Inea. 

 Atividades não permitidas : 

I - o trânsito e o estacionamento de veículos automotivos em locais não autorizados;

II - a prática de bicicross e de mountain bike fora das trilhas designadas pelo Inea para esse fim;

III - o trânsito de veículos movidos à tração animal, exceto quando a serviço da administração do Parque;

IV - o uso e a permanência de animais domésticos;

V - o depósito de lixo fora dos recipientes apropriados (lixeiras);

VI - a retirada total ou parcial de qualquer planta ou amostra mineral;

VII - a caça, a pesca, a captura de animais silvestres ou a montagem de artefatos de caça, bem como proporcionar maus-tratos ou alimentação inadequada à fauna local;

VIII - a introdução de espécies animais ou vegetais, domésticas ou silvestres, nativas ou exóticas, sem a devida autorização, independente da forma de introdução no interior do parque estadual;

IX - a prática de atividades comerciais não autorizadas;

X - a utilização de produtos químicos para banho ou lavagem de objetos em corpos hídricos naturais ou artificiais existentes, assim como a captação da água para outros fins sem a devida autorização;

XI - a realização de eventos sem a devida autorização (festas, encontros religiosos e shows, dentre outros);

XII - a utilização de aparelhos sonoros, salvo com autorização expressa da administração do parque;

XIII - o ateamento de fogo na vegetação, bem como a realização de fogueiras ou qualquer outra conduta que possa causar incêndio florestal ou em outras formas de vegetação nativa;

XIV - o acampamento fora das áreas designadas para esse fim;

XV - a realização de caminhadas fora das trilhas existentes, bem como a abertura e interligação de atalhos que possam acelerar o processo erosivo das trilhas;

XVI - a realização de pesquisa científica sem a devida autorização;

XVII - o uso de imagem (fotografia, gravação, filmagem) dos parques estaduais para fins comerciais sem a devida autorização. Saiba mais.

§ 1º - Manifestações religiosas só poderão ocorrer em locais previamente designados para tal e todo o material empregado deverá ser recolhido imediatamente após o culto pelos praticantes.

§ 2º - O uso ou a permanência de animais domésticos no interior dos parques estaduais poderá ser autorizado, excepcionalmente, pelo chefe da unidade de conservação em circunstâncias que o justifiquem.

Conduta consciente em unidades de conservação

Informe-se sobre regulamentos, restrições e condições climáticas. Planejamento é muito importante. Você é responsável pela sua segurança. Use somente as trilhas. Atalhos destroem plantas e raízes, além de causar erosão. Leve seu lixo de volta. Proteja a floresta de incêndios, não jogue pontas de cigarro nem acenda fogueiras. Respeite a fauna e a flora. Não alimente os animais nem retire plantas. Seja discreto, não faça ruídos desnecessários, nem deixe marcas em árvores ou rochas. Seja cortês com os outros visitantes e com a população local. Deixe os animais de estimação em casa.

Você é bem-vindo!


Criado em 1970, o parque é uma das mais antigas unidades de conservação estaduais do Rio de Janeiro. Inicialmente foi a Floresta Estadual de Santa Maria Madalena (instituída pelo Decreto-Lei nº 131, de 24 de outubro de 1969).

Sua primeira demarcação estabeleceu a área aproximada de 25 mil hectares. Em 1979, novo perímetro mais preciso foi instituído, que é o atual, de cerca de 22.400 hectares.

A história da região foi marcada pela ocupação de variados povos. Além dos índios Coroados, Purís e Goitacás, que se concentravam bem ao norte do estado, e dos portugueses, em seguida vieram suíços, alemães e italianos, que introduziram seus hábitos e costumes, dando início às mudanças no ecossistema nativo.

Durante o século XVII a colonização trouxe a intensificação do povoamento. O apogeu da produção agrícola ocorreu no século XIX, com grandes plantações de milho, feijão, cana-de-açúcar, mandioca e, principalmente, café.

A ocupação definitiva na Serra Fluminense, porém, só se consolidou com a decadência da mineração do ouro e da prata em Minas Gerais, na primeira metade do século XIX, época em que surgiram municípios como Bom Jardim, Nova Friburgo, Petrópolis, Santa Maria Madalena, entre outros.

O declínio da cultura do café resultou na substituição de seu cultivo por pastagens, causando grande impacto ambiental. As áreas de maior declividade e de acesso mais difícil representavam o que restou para ser preservado, sendo o parque, portanto, um espaço importante para a conservação da biodiversidade da região. 


A vegetação característica do bioma Mata Atlântica está presente: floresta ombrófila densa, floresta estacional semidecidual e campos de altitude.

A floresta ombrófila atinge em média 25 metros de altura, com espécies como jequitibás (Cariniana spp.), canelas (Ocotea sp., Nectandra sp.),  palmáceas (palmiteiro, tucum), pteridófitas (samambaias diversas e xaxim), bromélias e orquídeas.

Já a floresta estacional semidecidual, isolada pela cadeia de montanhas e encontrada em locais de difícil acesso, é representada por espécies como o tamboril (Peltophorum dubium), a garapa (Apuleia leiocarpa), a caviúna (Dalbergia nigra) e o cedro (Cedrela fissilis), dentre outras.

Os campos de altitude apresentam vegetação formada por gramíneas, líquens, briófitas, epífitas, bromélias e arbustos isolados, ocorrendo em altitudes acima de 1.600 metros.


Das 176 espécies de mamíferos encontradas no Estado do Rio, 33 foram identificadas na área do parque, 16 destas ameaçadas de extinção. Veado-mateiro (Mazama americana), a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus), a onça-parda (Puma concolor) e a jaguatirica (Leopardus pardalis) podem ser citados, entre outros.

Entre os primatas estão o macaco-prego (sapajus nigritus), o bugio (Alouattaguariba clamitans) e o muriqui (Brachyteles arachnoides), escolhido como símbolo do parque.

Também habitam a região várias espécies de tatus, a paca (Agouti paca), o quati (Nasua nasua) e a irara (Eira barbara).

Pequenos roedores, como o rato-do-mato (Delomys sublineatus), anfíbios, como a perereca-marsupial (Fritziana goeldii), lagartos (Tropidurus torquatus) e incontáveis insetos polinizadores estão presentes.

Já foram identificadas por volta de 167 espécies de aves, muitas destas ameaçadas de extinção, como a jacutinga (Pipile jacutinga) e o macuco (Tinamus solitarius).

Conheça as Aves do Parque Estadual do Desengano


O clima tropical apresenta temperaturas elevadas com chuva no verão e seca no inverno. A temperatura média anual é de 20ºC, sendo que, nos meses mais frios, as mínimas são inferiores a 18ºC.

Com intensa influência dos ventos úmidos do mar, a região é submetida a ampla ocorrência de chuvas, especialmente nos trechos de maior altitude e na área voltada para o Oceano Atlântico. Os totais anuais médios variam entre 1.100 mm e cerca de 1.450 mm, nas maiores altitudes.

Fique atento: Para o período de chuvas fortes mais frequentes, que vai do mês de setembro a abril. A melhor época para visitação é de maio a agosto.


Inúmeros rios e riachos têm suas nascentes no parque. Além de serem atrativos para visitação, pela beleza e exuberância de suas corredeiras, cachoeiras e poços, eles ainda são os responsáveis pelo abastecimento dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes. A boa qualidade ambiental das águas se deve ao equilibrado regime de chuvas, à excelente cobertura vegetal e à baixa taxa de ocupação da região.

Entre os atrativos estão a Cachoeira da Cascata (Morumbeca), a Cachoeira Bonita (Babilônia), a Cachoeira Tombo d'Água (Mocotó) e a Cachoeira do Roncador (Sossego do Imbé).

Os Ribeirões Água Limpa, Segundo-Norte, Mocotó, Aleluia e Opinião, que através do Rio Imbé desaguam na Lagoa de Cima, e os inúmeros outros, como o Vermelho, Macapá, Santíssimo, Recreio, Itacolomi, Flores, Barra Alegre, são os principais afluentes que contribuem para a bacia do Rio Paraíba do Sul.


A cidade de Santa Maria Madalena, onde está localizada a sede do parque, mereceu do Governo do Estado o título de cidade da geologia.

O relevo da região é de grande relevância por sua origem e evolução. Está inserido no cinturão de rochas denominado Faixa da Ribeira, a parte da cadeia de montanhas que forma a Serra do Mar, desgastada pela erosão.

Para quem tiver mais interesse pelo tema, é constituído basicamente por quatro tipos de rochas, três delas rochas magmáticas (ígneas) intrusivas com textura gnáissica (Charnockito Bela Joana, Granito Porfirítico da Pedra do Desengano e Leucogranito Serra Itacolomi), e a última um gnaisse derivado de antigas rochas sedimentares, o Gnaisse São Fidélis.

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